domingo, 29 de maio de 2011

O desafio - Gaiola - Rose

O realejo

O miniclube, mais precisamente a Regina Passy (http://www.reginapassy.com.br/) , por sugestão da Vitória Alves (http://www.flickr.com/photos/atelievitoria/sets/72157603267479697) , lançou o "Desafio da Gaiola". Imediatamente já criei uma pasta no meu computador e fui colocando ali tudo o quato era modelo de gaiola, que presunção da minha parte, kkkkk. Deus me livre, pelejei, pelejei e como não sou de desistir, saiu isso aí ó. A gaiola tá marromeno, gostei do realejo, mas a menina dos olhos desse trabalho é o papagaio, adorei o bichinho!!!!

"Já vendi tanta alegria,
vendi sonhos a varejo.
Ninguém mais quer hoje em dia
acreditar no realejo.
Sua sorte, seu desejo,
ninguém mais veio tirar
Então eu vendo o realejo,
quem quer comprar?"
Esses versos são de Chico Buarque de Holanda e expressa o fim da época do realejo.

Nesse endereço acima, tem uma música interpretada por Orlando Silva que fala sobre o mesmo tema, vale a pena ouvir.


O realejo a manivela começou a vida no século XVIII. Nessa época ele não tinha gaiola, só um órgão a manivela para ensinar os pássaros cativos a cantar, eu é que acabei misturando tudo, fiz meu próprio realejo, rsrsrs.
O realejo é uma espécie de órgão mecânico portátil que tem um ou vários foles, como um teclado.
Funciona por meio de uma manivela, que aciona simultaneamente os foles e um cilindro dentado munido de pontas de bronze, que abrem as válvulas dos tubos do órgão para a produção das diferentes notas.
"Organito" (Realejo), é a denominação comum usada no Rio da Prata (Argentina e o Uruguai) para os realejos a manivela e ainda para os grandes orgãos mecânicos de cilindro. Os "organitos" são também um capítulo muito importante da MÚSICA MECÂNICA.
O realejo foi o maior precursor do Tango Argentino, nas ruas, nos subúrbios e no centro de Buenos Aires.
Os nomes que o referido instrumento adquiriu nos vários paises do mundo.
São sabidos como "Drehorgel" na Alemanha, "Organetto di Barberia" na Itália, "Orgue de Barberie" na França, "Draaiorgel", "Pierement" ou "Straatorgel" nos Países Baixos (Holanda), "Lirekasse" na Dinamarca, "Positiv" na Suécia, "Realejo" no Brasil e Portugal, e "Organillo" na Espanha.

No Brasil os realejos eram diferentes, mais simples e compactos e aqui eles tinham gaiolas, bem simples feitas em madeira. No começo usava-se um macaquinho pra tirar a sorte mas depois optaram pelo periquito, talvez por ser mais simples de cuidar. Macaco deve dar um trabalho danado, rsrsrsrs. Apesar de que um papagaio chega a viver mais de 70 anos, já pensou??!!! Vai de pai pra filho, pelamor ... opa, to desviando de assunto rsrsrsrs.


A manivela gira. No original, ela é quem acionava os foles.


O texto abaixo pertence a  Lygia Bradnick e foi publicado em 22/7/2008. Tentei entrar em contato com ela, mas não consegui.
 
Realejo

Quem ainda se lembra do realejo? Era sempre uma tarde de sol quando ouvia-se a musiquinha do realejo na rua. Pelo menos na minha memória era sempre numa tarde de sol que nós corríamos para a janela do casarão para ver o homem do realejo descendo a ladeira. Ele usava um chapeuzinho amarrotado e vinha virando a manivela produzindo aquela música meio triste, tão especial. Encarapitado na armação verde do realejo, acima das gavetinhas da sorte, o periquito que com seu bico escolhia o papelzinho (ou vermelho, ou amarelo, ou branco) que nos diria o que o futuro nos reservava.
Eu adorava o realejo. Saía correndo para calçada com a minha moedinha na mão nem tanto pra tirar a sorte, mas querendo ver o periquito verde que era tão esperto e sabia escolher o meu futuro.
“É o vermelho, o branco, ou o amarelo, periquito?” dizia o homem do realejo, enquanto a criançada espiava de olhos arregalados. E o periquito, virando a cabecinha pra lá e pra cá, escolhia um papelzinho da caixa para a gente.
Todo mundo se amontoava para ler a sorte dos outros. “Que é que diz aí, hein?” E o comprador lia em voz alta: “Você vai ser muito feliz na vida” ou “Você é uma pessoa boa, simpática e inteligente”. Pois é, o periquito nunca tirava nada de ruim pra ninguém, e aí estava a maravilha. A gente acreditava, guardava o papelzinho com cuidado para não perder a boa sorte, olhava em volta para ver se os outros haviam ouvido bem (especialmente se a gente tirara elogios) e esperava para ouvir a sorte dos outros. O periquito nunca se cansava, nunca bicava ninguém, e olha que ele tinha oportunidade, tanta criança se espremendo para passar a mão no bichinho.
E o homem do realejo ia embora, tocando aquela musiquinha até que não dava mais para se ouvir na curva da rua.
Eu acho que o realejo não existe mais, o que é muito triste. Era parte da infância esperar o realejo e tirar a sorte numa linda tarde de sol em São Paulo.

Lygia Bradnick 

Clique sobre o nome da Lygia que vc poderá ler outros contos maravilhosos.
Caso alguém queira fazer um igual eu tenho passo a passo, é só pedir nos comentários.
Bjs

segunda-feira, 23 de maio de 2011

intercâmbio - Rose

Gente, fiz um intercâmbio com uma amiga de Madrid, Espanha. Dá pra acrecitar que a Sonia consegue fazer umas flores tão maravilhosas em papel????? Elas são minúsculas, acho que ela se transforma mesmo na fada sininho pra conseguir tudo isso rsrsrsrsrsrsrs. Vc pode ver muito mais do trabalho dela aqui ó:  http://minitink.blogspot.com/

 Ela, gostou muito dos meus sapatinhos e propôs uma troca, aí foi fácil, uniu-se o útil ao agradável. Qual não foi minha alegria ao ver as plantinhas chegando pelo correio. Como se não bastasse, ela ainda me mandou um presentinho, um abajour maravilhoso. Pode??? É tudibão sô!! rsrsrsrsrs






Olha a hera!! Veio no jeitinho pra colocar na minha porta e ainda vieram umas folhinhas soltas pra tapar alguma emenda. Sonia, vc é demais. Obrigada minha miniamiga!!!